Programação do Seminário Filantropia, Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia traz temas sobre o fortalecimento da sociedade civil para a transformação social. Evento também comemora os 10 anos de atuação da Rede
Para comemorar os 10 anos da Rede de Filantropia para a Justiça Social (RFJS) e fomentar o debate sobre a relevância de doações para a sociedade civil e o papel da filantropia para a justiça social, a RFJS promove o Seminário Filantropia, Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia, nos dias 20 e 21 de setembro, na Unibes Cultural, em São Paulo.
Um dos objetivos do evento é incentivar o debate sobre a contribuição da filantropia para o fortalecimento de organizações e movimentos da sociedade civil. Uma intensa programação será desenvolvida ao longo dos dois dias do seminário, da qual participam dezenas de organizações da sociedade civil, nacionais e internacionais.
No primeiro dia, terça-feira, dia 20/09, um painel sobre a trajetória e papel da Rede no ecossistema filantrópico nacional e internacional ao longo dos seus 10 anos de atuação abre a programação.
“A Rede completa dez anos de fundação, e o evento é uma excelente oportunidade para reafirmarmos nossa atuação junto ao ecossistema filantrópico nacional e internacional com foco na promoção da ampliação da mobilização de recursos a organizações da sociedade civil que atuam pela justiça social”, avalia Graciela. Participam do painel Harley Nascimento (Fundo Positivo), Giovanni Harvey (Fundo Baobá) e Ana Valéria Araújo (Fundo Brasil de Direitos Humanos) e Roberto Vilela (Tabôa) A mediação fica por conta de Cristiane Azevedo (ISPN – Instituto Sociedade População e Natureza).
Na sequência, a mesa sobre Filantropia de Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia no Brasil propõe a reflexão em torno da filantropia como agente de transformação. Por meio do apoio financeiro às lutas de organizações, coletivos, movimentos e lideranças que atuam pelo reconhecimento e o acesso a direitos, com foco na diversidade e minorias políticas, a filantropia independente comprometida com essas agendas procura fortalecer a sociedade civil, entendida como um ator chave da democracia brasileira.
Participam desta mesa Cássio França (GIFE), Amália Fischer (Fundo ELAS+), Henrique Silveira (Casa Fluminense), Iara Rolnik (Ibirapitanga) e David Fleischer (IAF – Inter-American Foundation). A mediação será feita por Ana Toni (iCS – Instituto Clima e Sociedade).
Segundo dia
A quarta-feira, dia 21/09, começa com o olhar voltado para o repensar das práticas tradicionais e hegemônicas da filantropia, propondo uma reflexão sobre como a filantropia pode fomentar transformação ao fortalecer a sociedade civil. Para isso, é preciso mudar a forma como se doa, observando as organizações e territórios que recebem apoio financeiro não como meros beneficiários, mas sim como agentes ativos da transformação.
A mesa Filantropia decolonial – caminhos e desafios no Brasil terá a participação de Cassio Aoqui (ponteAponte), Diane Pereira Sousa (Instituto Comunitário Baixada Maranhense), Allyne Andrade (Fundo Brasil de Direitos Humanos) e Ese Emerchi (GFCF – Global Fund for Community Foundations).
O Brasil tem avançado na desconstrução de práticas coloniais a partir da promoção da agenda da filantropia comunitária e de justiça social, com foco no reconhecimento de minorias políticas. Entretanto, os recursos para organizações e movimentos da sociedade civil que trabalham nesse campo são escassos e majoritariamente provenientes de financiamento internacional.
Esse modo de fazer filantropia pressupõe transformar as relações de poder, evitando a imposição de soluções de cima para baixo e reconhecendo os ativos das comunidades em busca de soluções próprias para os problemas existentes e na construção de um bem comum maior.
O segundo dia traz também o painel Democratizar a filantropia – confiança e novos arranjos, que abordará novas iniciativas no campo, formas de comunicação e olhares que despontam em diferentes territórios e grupos da sociedade civil e têm impacto na realidade, potencializando a transformação do país.
“O desafio está em entender como fazer com que a filantropia no país tenha maior abrangência, democratizando o acesso a recursos para organizações de base de maneira mais ágil e com confiança para, assim, contribuir para o fomento a uma transformação real e sustentável”, propõe Graciela.
Participam do debate Marcelle Decothé (PIPA), Aline Odara (Fundo Agbara), Larissa Amorim (Casa Fluminense) e Inimá Krenak (Fundo Casa Socioambiental), com mediação de Fernanda Lopes (Fundo Baobá).
Mesas colaborativas
O seminário promoverá também mesas colaborativas, com temáticas propostas por organizações da sociedade civil.
Após curadoria da equipe executiva da Rede de Filantropia para a Justiça Social, foram selecionadas propostas que debaterão, durante os dois dias, sempre na parte da tarde, temas como: Filantropia colaborativa e fortalecimento de territórios; Campanhas comunitárias do Dia de Doar; Filantropia na agenda de proteção de defensores e defensoras do meio ambiente; e Fortalecimento comunitário e luta por justiça ambiental. As mesas acontecem ao longo dos dois dias de evento.
A programação completa está disponível no site do evento.
Serviço:
Seminário Filantropia, Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia
Data: 20 e 21 de setembro de 2022.
Local: Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2500 – São Paulo/SP.
Inscrições: https://seminariofilantropia.com.br/inscricoes/
Idealização e organização: Rede de Filantropia para a Justiça Social.
Produção: Necta.
Sobre a Rede
Criada em 2012, a Rede de Filantropia para a Justiça Social reúne fundos e fundações comunitárias, organizações doadoras (grantmakers) que mobilizam recursos de fontes diversificadas para apoiar grupos, coletivos, movimentos e organizações da sociedade civil que atuam nos campos da justiça social, direitos humanos, cidadania e desenvolvimento comunitário. A organização tem por propósito promover e diversificar uma cultura filantrópica no Brasil que garanta e amplie os recursos para a justiça social.
Integram o quadro de sócios fundadores as seguintes organizações membros: Fundo Baobá, Fundo Elas+, Fundo Brasil, Fundo Casa Socioambiental, ICOM (Instituto Comunitário da Grande Florianópolis), Instituto Baixada, Fundo Positivo, Casa Fluminense, ISPN (Instituto Sociedade População e Natureza), Redes da Maré, iCS (Instituto Clima e Sociedade), FunBEA (Fundo Brasileiro de Educação Ambiental), Tabôa e Instituto Procomum.O Seminário Filantropia, Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia – 10 anos da RFJS é promovido pela Rede de Filantropia para a Justiça Social. Tem o apoio financeiro do Instituto Clima e Sociedade, do Fundo Brasil, do Fundo Casa Socioambiental, do Fundo Baobá e da Porticus, e conta com apoio institucional das seguintes organizações: ABCR, Alliance Magazine, Comunalia, Cese, FutureBrand SP, GIFE, Global Fund for Community Foundation, Ibirapitanga, Fundação Micaia, Movimento Bem Maior, Movimento por uma cultura de doação, Philanthropy for Social Justice and Peace, Sitawi Finanças do Bem, ponteAponte, Social Docs, Stanford Social Innovation Review Brazil, VMCA advogados e Wings.